O custo da construção civil – medido pelo chamado CUB (Custo Unitário Básico) do metro quadrado – está desacelerando. Após atingir um pico de 13% ao ano em 2008, ano do boom imobiliário, o CUB acumulado dos últimos 12 meses recuou para 6% e ficou abaixo da inflação registrada no período – 6,28%.
O recuo – que poderia estimular quem está planejando adquirir um imóvel –, não deve ter reflexos diretos nos preços para o consumidor final. Apesar da queda do indicador, o valor do metro quadrado continua subindo, impulsionado por outros custos que não fazem parte do CUB, sinalizam as entidades do setor.
Até meados de 2013, o CUB da construção civil crescia, em média, 8% ao ano, mas depois começou a avançar num ritmo menor. Segundo o vice-presidente da área técnica de banco de dados do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do Paraná (Sinduscon-PR), Ubiraita Antônio Dresch, a desaceleração aponta uma acomodação do setor imobiliário relacionada à produção e à demanda pelos produtos. “Está havendo um ajuste natural, que é compatível com o tamanho do nosso mercado. Antes tínhamos uma demanda bastante grande, que hoje já está ajustada”, explica.
Esse cenário já se reflete na redução dos lançamentos imobiliários. Em 2011, foram 11,1 mil apartamentos novos em Curitiba contra 7,523 mil em 2012, segundo a Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi/PR). A estimativa da entidade para 2014 é que o total de unidades lançadas na cidade fique entre 6 e 8 mil.