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<< Voltar 04/02/2015
Vendas de material de construção ficaram estáveis em janeiro

Desempenho foi igual na comparação com o mesmo período do ano passado. Risco de racionamento de água fez com que a venda de caixas d’água batesse recorde de vendas dos últimos três anos

 As vendas do varejo de material de construção ficaram em janeiro, na comparação com janeiro de 2014. O índice, no entanto, teve retração de 3,5% na comparação com o mês de dezembro. Os dados são do estudo mensal realizado pelo Instituto de Pesquisas da Universidade Anamaco com o apoio da Abrafati, Instituto Crisotila Brasil, Instituto Aço Brasil, Anfacer, Afeal e Siamfesp
 

“Nós esperávamos essa retração por conta de ser um mês no qual as expectativas em relação ao novo governo sempre interferem nas decisões dos consumidores. Ela ocorre mais fortemente nas lojas menores. os médios e grandes estabelecimentos tiveram desempenho estável no período”, declara Claudio Conz, presidente da Anamaco. "Esse comportamento é típico do setor no início do ano, quando ainda estamos em período de férias escolares e o consumidor precisa pagar impostos como o IPVA  e IPTU. No entanto, o mês de janeiro apresentou resultados mais favoráveis do que janeiro de 2014, em todos os segmentos avaliados”, explica Cláudio Conz, presidente da Anamaco.
 

O levantamento ouviu 530 lojistas das cinco regiões do país entre os dias 28 e 31 de janeiro e a margem de erro é de 4,3%. Os lojistas do Norte e Nordeste foram os que mais sentiram a diminuição das vendas. Nessas regiões, a retração aconteceu em 66% e 61% dos estabelecimentos, respectivamente. Cerca de 53% dos varejistas do setor tiveram queda de vendas no Sul, enquanto 52% registraram retração no Centro-Oeste e 50% no Sudeste.
 

“Cerca de 1/3 dos lojistas entrevistados acreditam que o setor deve recuperar parte das vendas em fevereiro, no entanto registramos o maior índice de pessimismo com relação às ações do governo (52%), o que traz forte impacto na intenção de novos investimentos”, explica o presidente da Anamaco.
 

Entre os segmentos pesquisados, cimento teve desempenho 2% superior e aço e portas e janelas de alumínio registraram crescimento de 1%. metais sanitários tiveram queda de 7%, seguidos de revestimentos cerâmicos (-3%) e louças sanitárias (-2%).
 

Impactos da crise hídrica

 
 

A pesquisa da Anamaco também refletiu o impacto da crise hídrica que assola, principalmente, a região Sudeste.
 

“O setor de caixas d’água e telhas de fibrocimento teve aumento de 6% em janeiro, sendo fortemente influenciado pelo risco de racionamento de água na região Sudeste, onde registramos aumento de vendas em 48% das lojas. Embora o índice de vendas de caixas d’ água tenha sido mascarado pelo desempenho de telhas, pois as duas categorias são agrupadas na nossa pesquisa, trata-se do maior percentual de lojistas com aumento de vendas desses produtos no mês de janeiro, se compararmos os últimos três anos”, explica Conz.
 

O presidente da Anamaco também lembra que a pesquisa não inclui caixas d’ água feitas de outros produtos, como aço inoxidável e polietileno. “Sabemos que o racionamento de água causou uma corrida às lojas de material de construção para a compra desses produtos, mas não conseguimos precisar ainda o real impacto que o racionamento de água deve causar no setor”, 
afirma. 
 

 

Conz ressalta que, mais do que armazenar água, as pessoas podem tomar outras providências que podem auxiliar na economia desse bem natural. “Temos um projeto de uso racional da água que foi apresentado em agosto passado ao governador Geraldo Alckmim e que prevê a substituição de bacias sanitárias e torneiras por produtos economizadores. Temos um levantamento que indica que 35% do consumo de água em uma residência se dá através da descarga e as bacias sanitárias produzidas antes de 2002 utilizam até seis vezes mais água por higienização do que os produtos mais atuais. As pessoas não associam economia de água com o tipo de vaso sanitário que possuem, e esse é um ponto importante que precisa ser discutido”, declara.
 

A preocupação da entidade, no entanto, não é apenas com residências, mas também com prédios públicos. Segundo estudos recentes realizados em 500 das 6 mil escolas estaduais de São Paulo, a implementação do programa, a preços de mercado, tem investimento com retorno garantido, em média, em 11 meses, além de colaborar para a conscientização das crianças e da sociedade quanto ao respeito ao meio ambiente. Projeto semelhante já foi implementado com sucesso na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, garantindo uma economia de R$ 1 milhão aos cofres públicos por ano.
 

Recentemente a cidade de Atibaia, localizada no interior do Estado, aderiu ao programa. Em julho do ano passado o município lançou o programa “Ação Água”, em parceria com a Anamaco, o IBSTH (Instituto Brasileiro de Serviços e Tecnologia para a Habitação)  e o SIAMFESP (Sindicato da Indústria de Artefatos Não Ferrosos no Estado de São Paulo), implementando o projeto em 47 escolas municipais e nas quatro escolas estaduais da cidade em sua primeira fase. A expectativa é que o programa reduza em 50% o consumo hídrico na região.


Fonte: Anamaco
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